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Banco Central oferece capacitação sobre tokenização e blockchain

O Banco Central do Brasil está promovendo, até o dia 23 de setembro, uma capacitação técnica sobre tokenização para servidores do Departamento de Regulação (Denor). Essa iniciativa é parte de um programa de formação contínua, que tem como objetivo esclarecer conceitos, benefícios, riscos e boas práticas relacionadas a ativos digitais.

Durante as aulas, os participantes vão aprender sobre os fundamentos da tokenização, como ela se aplica no sistema financeiro, além de noções de governança e auditoria. Também serão abordados os riscos envolvidos e as maneiras de mitigá-los. Um dos pontos altos é a discussão sobre como a tecnologia blockchain se relaciona com a regulação financeira.

Quem está à frente dessa capacitação são Caroline Nunes, fundadora da InspireIP e diretora da AbToken, e Luciana Simões Rebello Horta, sócia e VP do b/luz Advogados. Ambas têm uma sólida formação na área de Direito e Tecnologia, trazendo um olhar aprofundado para o tema.

Caroline Nunes destaca a importância da atualização dos reguladores, afirmando que isso ajuda na formulação de políticas públicas mais equilibradas e eficazes. Para ela, é fundamental fornecer ferramentas práticas que ajudem na análise dos benefícios e riscos associados à tokenização, contando com mecanismos de transparência nas operações.

Além de capacitar os servidores, o Banco Central está elaborando novas regras para os prestadores de serviços de ativos virtuais. Essa ação é feita com cuidados para assegurar a segurança jurídica e a transparência, com expectativa de que as normas sejam divulgadas em breve.

Blockchain ‘volta’ para o Drex

Em outro ponto importante, o Banco Central também reforçou que a tecnologia blockchain ainda é uma parte essencial do projeto Drex. Ao contrário do que muitos pensavam após recentes mudanças no piloto do projeto, o coordenador da iniciativa, Fábio Araújo, afirmou que não se afastaram da tecnologia. Essa declaração foi feita durante o evento Meridian 2025, organizado pela Stellar Development Foundation.

Fábio Araújo reconhece que o projeto enfrenta algumas dificuldades técnicas, mas acredita que a colaboração com o setor privado está ajudando a impulsionar o progresso. Apesar da terceira fase do piloto não utilizar blockchain, isso não significa que a tecnologia foi descartada. Na verdade, o Banco Central está ativamente envolvido em laboratórios internacionais que testam a tokenização de moedas digitais.

O foco do Banco Central está em explorar diferentes formas de usar DLTs (tecnologias de registro distribuído) para garantir um sistema eficiente e escalável, sem abrir mão da privacidade. Araújo enfatiza que a tokenização e as DLTs estão intrinsicamente ligadas, ressaltando que a tecnologia blockchain continua sendo a base dos experimentos que estão sendo realizados.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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